
A relação entre ciência e fé é um tema que gera debates há séculos. Muitas vezes, são vistas como áreas opostas, mas, ao longo da história, inúmeros cientistas cristãos demonstraram que é possível harmonizar crenças religiosas com descobertas científicas. O próprio método científico surgiu em um ambiente influenciado por valores cristãos, pois a ideia de que o universo segue leis ordenadas vem de uma visão teísta da realidade.
Um dos exemplos mais notáveis é Isaac Newton, que além de ser um dos maiores físicos da história, era profundamente religioso e via suas descobertas como uma forma de compreender a obra de Deus. Outro caso é o do padre Georges Lemaître, cientista belga responsável por formular a teoria do Big Bang, que explica a origem do universo. Para ele, essa teoria não negava a existência de Deus, mas mostrava o momento inicial da criação.
A Bíblia não é um livro de ciência, mas apresenta princípios que inspiram a busca pelo conhecimento. Em Provérbios 25:2, lemos: “A glória de Deus é ocultar certas coisas; a glória dos reis é investigá-las.” Isso mostra que descobrir os mistérios do universo pode ser uma maneira de glorificar a Deus.
Por outro lado, a fé responde questões que a ciência não pode resolver, como o propósito da vida, a existência do bem e do mal e o sentido da moralidade. Enquanto a ciência busca explicar o “como” das coisas, a fé oferece respostas para o “porquê”.
Nos dias de hoje, muitos cientistas cristãos continuam demonstrando que não há contradição entre crer em Deus e estudar o mundo natural. O verdadeiro conflito não está entre fé e ciência, mas entre diferentes interpretações do mundo. Para aqueles que creem, a ciência pode ser uma ferramenta que revela a grandiosidade da criação divina.