
O aborto segue como a principal causa de mortes no mundo, de acordo com dados do Worldometer. Em 2024, pelo sexto ano consecutivo, a interrupção de gravidez ocupou o primeiro lugar entre as causas de óbitos.
O portal, que compila estatísticas globais sobre saúde, população e mortalidade em tempo real, registrou mais de 45,1 milhões de abortos realizados ao longo do ano passado, conforme relatado pelo jornal Breitbart. Esse número supera significativamente os óbitos causados por outras condições graves, como câncer (8,2 milhões), tabagismo (5 milhões), HIV (1,7 milhões), acidentes de trânsito (1,35 milhões) e suicídios (1,1 milhões).
De acordo com o relatório do Worldometer, o aborto representou 42% de todas as mortes registradas em 2024. As informações são baseadas em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos Estados Unidos, o aborto também se destaca como uma das principais causas de morte, correspondendo a cerca de um terço dos óbitos anuais no país. Um estudo publicado em 2016 pelo Open Journal of Preventive Medicine revelou que o aborto é a principal causa de morte entre afro-americanos. O reverendo Clenard Childress Jr., ativista e pastor reconhecido no país, classificou o fenômeno como um “genocídio negro”. Segundo ele, 52% das gestações afro-americanas terminam em aborto, resultando na morte de cerca de 1.800 bebês negros por dia.
Avanços na proteção à vida no Brasil
Em novembro de 2024, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca garantir o direito à vida desde a concepção, restringindo ainda mais a prática do aborto no país.
Embora a Constituição Federal já assegure a inviolabilidade do direito à vida, o texto da PEC 164/12, de autoria dos ex-deputados Eduardo Cunha e João Campos, propõe ampliar essa proteção para incluir os fetos desde o momento da concepção. Na prática, isso inviabilizaria os abortos atualmente permitidos por lei, como em casos de risco de morte para a gestante, gravidez resultante de estupro ou anencefalia.
Após a aprovação na CCJ, a PEC será analisada por uma comissão especial, que ainda não tem data definida para iniciar os trabalhos. Segundo uma pesquisa do IPEC, 70% dos brasileiros se posicionam contra a legalização do aborto, o que reforça o peso desse tema nas discussões políticas e sociais do país.
A proposta reacende o debate sobre os direitos do nascituro e da mulher, destacando as tensões entre questões de saúde pública, ética e liberdade individual em um contexto de forte polarização.