Crise na Igreja Batista da Lagoinha: desentendimentos da família Valadão chegam à Justiça

A Igreja Batista da Lagoinha, uma das maiores instituições evangélicas do Brasil, atravessa um momento delicado marcado por divergências públicas entre membros da família Valadão, que lidera a organização desde sua fundação, em 1957.

O mais recente desdobramento envolve uma ação judicial movida por André Valadão, pastor líder global da igreja, contra seu cunhado Felippe Valadão, responsável pela filial da Lagoinha em Niterói (RJ) e casado com Mariana Valadão, irmã de André. O processo trouxe à tona desentendimentos que há tempos circulavam nos bastidores.

Os motivos exatos da disputa não foram amplamente divulgados, mas especulações giram em torno de questões administrativas e divergências sobre a condução de algumas filiais da Lagoinha. O caso intensifica a atenção sobre os desafios enfrentados por grandes igrejas em manter a coesão diante de uma expansão acelerada e de lideranças descentralizadas.

A Igreja Batista da Lagoinha possui mais de 700 filiais espalhadas pelo Brasil e outros países. Sob o comando dos Valadão, a instituição se destacou não apenas pelo crescimento expressivo, mas também pela influência cultural através da música gospel e de transmissões ao vivo de cultos.

Apesar do impacto do conflito, fiéis e líderes regionais têm reafirmado o compromisso com a missão espiritual da igreja, pedindo oração e unidade em um momento de desafios. “A Lagoinha é maior do que qualquer desentendimento humano, e Deus continua no controle”, declarou um representante da sede em Belo Horizonte.

O caso reforça debates sobre os desafios que surgem quando questões familiares se misturam à liderança de grandes organizações religiosas. Enquanto a ação judicial segue em tramitação, a igreja enfrenta o desafio de equilibrar a continuidade de suas atividades e o gerenciamento de sua imagem perante os fiéis e o público geral.